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sábado, 24 de setembro de 2011

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Você passa a vida tentando agradar as pessoas. Mostrar-lhes seu melhor, mostrar-lhes o que talvez você nem seja realmente. Mas você quer agradá-las. É patético, mas parece lógico: assim elas gostam de você. Até chegar o dia em que conheci você. Não fiz a menor questão de te agradar. Não queria, parecia divertido te irritar com o meu pior. E nos dávamos bem. Eu não precisei fingir, não precisei mentir, não precisei sorrir quando eu não queria sorrir. Apenas deixava tudo sair naturalmente. E você me pegou de surpresa ao me fazer descobrir que eu amava você. Tantas diferenças pareciam insignificantes ao maravilhoso sorriso que eu encontrava em você. Tanto tempo estivemos dançando em caminhos diferentes, distintos, tão próximos, que quase se cruzara por muitas e muitas vezes, até nos encontrarmos na mesma pista. E nela ficar. E nela continuar. E compartilhar a mesma dança, no mesmo ritmo, na mesma sintonia. Eu tentei evitar, admito; tentei negar, confesso. Tentei apagar essa chama queimando dentro de mim. Essa chama que me fez ultrapassar todos os limites que eu mesmo havia imposto. Mas sabia que era o seu olhar que eu queria encontrar todos os dias da minha vida.
A.F.P.

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