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sábado, 26 de dezembro de 2009

-fear-

Amar. Alguém me ensine o significado disso. Alguém me ensine a sentir, alguém me ensine pelo que se deve esperar. Eu já não sei mais. Não sei mais como se faz. Já não sei mais lidar com as palavras, já não sei mais o que dizer. Eu tenho medo, medo disso que eu me tornei. Eu tenho medo do monstro que se esconde dentro do meu coração. Tenho medo da frieza com que sou capaz de exilar as coisas boas. Tenho medo de morrer aqui, agora, sem ao menos ter aproveitado.., tudo o que eu pretendia; tudo o que parece tão divertido na televisão, nos filmes; tudo o que as letras das músicas nos dizem; tenho medo de não ter tempo de sentir. Tenho medo desse ódio que entalhou uma marca em mim. Não, não é toda história que tem um início, meio e fim. Algumas começam com um destino traçado ao fim, sem paradas. Não, eu não fazer parte de uma dessas histórias. Eu tenho medo de tantas coisas, de tantos sentimentos, de tantas verdades, e isso está me matando. Eu tenho medo de apostar em algo, na vida, em mim, em alguém, e é mais fácil assim às vezes: quem nunca aposta, nunca perde. Mas afinal, como se ama alguém? Sem feridas, cicatrizes, planos ao ar, palavras ao vento, sem antecipar o destino. Eu queria ter alguma certeza. Eu queria poder transmitir esta certeza. O que há de errado comigo? Os dias estão passando, mas não estão mais deixando suas marcas, nada para ser lembrado. Às vezes eu preciso de um abraço, preciso tanto!, um simples abraço que transmita segurança e que me faça esquecer dos problemas. Às vezes eu preciso de um pouco de realidade na minha vida. Às vezes eu queria poder dizer coisas, conseguir dizer coisas, que eu tenho medo. Eu sou um covarde. Fugindo do que eu sou, de quem eu sou. Fugindo das oportunidades, fugindo dos sentimentos. Que diabos eu me tornei? Uma carne fria. Eu estou vivendo, sem viver. Estou morrendo, sem morrer. Alguém me diga que esse dia ruim irá terminar. Quero acordar, com uma mão junto à minha, me dizendo que é real, que é verdade, que é amor. Mas que merda! De repente, tudo o que foi dito, feito, sentido ou ouvido, revira toda minha vida. De repente, todas as cicatrizes abrem, todas as cicatrizes dóem, todas as cicatrizes me trazem o medo de continuar, todas as cicatrizes me trazem o medo de viver mais um dia, todas as cicatrizes me mostram o que eu não quero sentir, todas essas cicatrizes me amaldiçoam todos os dias que eu acordo. Todas essas cicatrizes estão me matando por dentro, e eu tenho medo do que pode acontecer.
A.F.P.

domingo, 20 de dezembro de 2009

-over-

O tempo é o senhor da razão. Eu não entendia essas palavras, quando pronunciadas por outras pessoas. Você passou tão rápido por mim, mas em uma velocidade capaz de construir castelos de sonhos, de planos e emoções, como também destruir tudo isso e muito mais que estava intacto até então. Em suma, você não se importou com o que poderia causar usando palavras doces, deu corda à minha imaginação e estava me preparando para o espetáculo final. Como dinamite, uma explosão de emoções foi gerada em seu 'el gran finale'. Não era para eu ter sentido. Não era para eu ter acreditado. Não era para eu ter amado. Mas, afinal, como se ama alguém sem arriscar? Ninguém nunca me ensinou alguma maneira. A vida se baseia nisso mesmo. Não, eu não sabia o que ia acontecer, e nem estava preparado para tal. Mas agora, só tenho a agradecer. Estou deixando de ficar parado, estou quebrando essas correntes, estou deixando para trás tudo o que eu achava que valia a pena se importar. Não é todo sorriso que guarda a inocência. Não é todo olhar que guarda a verdade. Não é toda palavra que guarda sentimentos. Não é todo para sempre, que dura para sempre. Você não merece tudo o que eu ousei sentir. Vá se ferrar.
A.F.P.

sábado, 5 de dezembro de 2009

-doubt-

Eu costumava não ter medo, até o dia em que eu vi que você não estaria mais lá, por mim. Foi então que eu aprendi as diversas formas, cores e sabores do medo. A partir daí, que eu aprendi como é a vida, como ela funciona, o que tem e não tem fim. Coisas que nenhum professor seria capaz de explicar em suas aulas teóricas de biologia. Eu não entendo por que, mas nenhum professor de português havia ensinado o gosto das palavras, ou a dor que estas causam. Que porra eles fazem em uma sala de aula? Eu não conhecia a dor, até que a palavra 'adeus' pronunciada por sua boca, ecoou por dentro do meu coração; foi como um ácido, uma combinação perfeita que provavelmente você não aprenderá em nenhuma aula de química orgânica, uma combinação capaz de sucumbir em cinzas todos os sentimentos que você construiu ao longo do tempo. Combinação esta, capaz de por em dúvida todas as suas crenças, tudo o que você achava que conhecia, tudo o que você achava que não mudaria. Eu tive que aprender, do jeito mais difícil; eu tive que perder muito tempo aprendendo a sobreviver. Aprendendo que ninguém é capaz de controlar algo, muito menos alguém. Tudo torna-se abstrato, subjetivo, sem qualquer consistência material. Eu costumava não me sentir desesperado, até o dia em que vi -aquele- olhar desviar de mim, e ir em direção a um caminho que eu não fazia mais parte, fazendo meus medos até então desconhecidos, tomarem conta, trazendo à tona todos os meus demônios pessoais, me mostrando como é sentir o gosto da morte. Eu costumava não acreditar em anjos, até o dia em que eu me apaixonei por um.
A.F.P.

sábado, 21 de novembro de 2009

-anger-

Às vezes, o ódio vem, e trás consigo a dor da razão. Faz com que a visão não seja mais embaçada, e sim a mais nítida possível. Agora eu posso ver. Ver que não sou eu, e nem você, muito menos nós. Ver que não tem relação alguma, a distância, ou as barreiras. Ver que o ser humano é o causador de sua própria derrota, de sua própria solidão. Ver que o sentido de não querer, é desvirtuado a diversas desculpas, levando à percepção do sentido não poder, não ter como. Idiotice. Ver que a vida não é feita de sonhos, nem de pesadelos, mas sim de momentos. Momentos que ficam, que vão, que são feitos, planejados ou somente não desejados. Ver que a palavra culpa, é pesada demais, mas que mesmo assim se torna adequada às vezes. Ver que você pode fazer tudo o que quiser, mas muitas vezes, somente não quer. Ver que o ser humano é capaz de tanta frieza, de tanta crueldade, a ponto de deixar o amor ser assassinado em meio a uma guerra de emoções. Ver que eu posso ser capaz de seguir em frente, com ou sem você, de maneiras diferentes obviamente, mas mesmo assim com um sorriso estampado. Um sorriso falso, carregado de saudade, que não aguenta o movimento de seus próprios músculos, mas aparentemente perfeito. Ver que você pode ser tudo o que eu preciso, tudo o que eu quero, tudo o que eu mais cobiço e venero, mas nem por isso, se faz necessário para eu seguir. Ver que eu sou mais forte do que eu pensava. Às vezes o ódio é bom. Ele nos faz ver a vida. Ele nos dá um tapa com todas as forças na cara, fazendo despertar de qualquer sonho. Ele nos faz perceber que sonhar é bom, mas sonhar acordado é completamente inútil. Nos faz ver que não basta ser legal, ou amar alguém com todas as forças, pois isso nem sempre é o suficiente. Me faz ver que eu te odeio, mais ainda, por me fazer te amar tanto.
A.F.P.

domingo, 15 de novembro de 2009

-time-

Com o tempo tudo muda, todos mudam. Em um piscar de olhos, um tornado de transformações passa por sua paisagem. É difícil acompanhar, mais difícil ainda ficar para trás. Ver tudo o que você ama, tudo o que você odeia, admira ou inveja, mudando radicalmente, saindo do lugar. Você muda, eu mudo, o nosso meio muda, o seu amor muda, você muda, eu mudo, o nosso meio muda, o seu amor muda, você muda, eu mudo, nosso meio muda, e meu amor nunca muda, eu mudo, você muda, você muda, eu mudo, o nosso meio muda, o amor muda, o amor nunca muda, muda, não muda, quer mudar, mas não muda [...] Com o tempo tudo aprende a mudar, todos aprendem a mudar. Em um piscar de olhos, você vira um tornado de transformações passando pela paisagem dos que ficam. Aprende a acompanhar, aprende a não ficar para trás. Ver que tudo o que você ama, tudo o que você odeia, admira ou inveja, muda radicalmente, sai do lugar, sem se importar com aqueles que ficam para trás. Você muda, eu mudo, o nosso meio muda, você muda, eu mudo, nosso meio muda, tudo muda, nosso meio muda, meu amor, seu amor, eu mudo, seu amor morre, mas você não muda, eu mudo, e o meu amor simplesmente se muda. Idiota.
A.F.P.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

- numb -

Para onde foram meus sonhos? Eu prometi ser forte e aqui estou, com uma navalha cravada em meu peito, tirando pouco a pouco o resto de vida que ali existe, mas mesmo assim, forte, de cabeça erguida, inabalável. Simulação, coisa simples, ao menos com o tempo se torna simples. Toda a dor aprende a se concentrar no interior, deixando o exterior translúcido quanto a isso. Uma blindagem perfeita, impenetrável, nada entra e nada sai. Faço todas as lágrimas voltarem ao seu lugar de origem. Não quero ser fraco, parecer fraco, mesmo que meus joelhos queiram desmoronar, ceder à dor; mesmo que meus ombros estejam cansados de carregar o peso do mundo sobre eles; mesmo que a vida seja traiçoeira o suficiente a ponto de querer com todos os seus truques da manga querer me derrubar, me surrar, com verdades que não param de chegar; mesmo que agora o brilho em meus olhos tenha se tornado opaco, vazio, um dilema aos curiosos; eu serei forte. Sempre fui, não é agora que isso vai mudar. O mundo não precisa saber o que se passa aqui por dentro; tampouco se importam com o que se passa por fora. Às vezes o medo toma conta, leva meu ego ao ponto culminante da lucidez, e isso está pesando; meus olhos estão pesados, querem mostrar ao mundo sua fragilidade, mas, eu não posso, eu não posso, eu não vou ceder. - pausa - Não quero parecer depressivo, ou emocionalmente abalado, até porque não se encaixa em mim este perfil; não sei se aguento mais, tanto faz, não sei o que fazer, minhas piores dores são palavras que eu não posso dizer.
A.F.P.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

- choke -

Algumas pessoas vivem de lembranças. Algumas pessoas sobrevivem, esquecendo-as. É complicado entender. É complicado aceitar. Parece que tudo conspira na mesma direção. A direção, por mais incrível e ao mesmo tempo óbvio que pareça, é sempre você. Sinceramente, eu nunca me arrependerei do que passou. Não, nem em uma mísera fração de um segundo. Eu sei que posso ter instintos possessivos, obsessivos ou paranóicos, que só sabem reagir a estímulos vinculados a um alguém em específico, mas eu, eu, [pausa], já não consigo não pensar em você. Em mim. Em nós. Em você. Em mim. Em você. Em você. você. você. você. [...]. O passado não quer fica onde é o seu devido lugar. Insiste em permanecer no meu presente, já prevendo o futuro incerto. O passado não quer morrer. Não quer me deixar. E de certa forma, posso dizer que nem eu quero. Por mais doloroso que seja, por mais triste que seja, por mais cruel que seja, por mais mal que isso me faça, eu ainda amo você.
A.F.P.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

- sword-shield -

A vida não passa de uma eterna contradição. Há um buraco em meu peito. Um vácuo perdido dentro de um organismo que finge estar em perfeito funcionamento. Minha vida se transformou em uma doce piada cruel. Não tem como fugir de seu espetáculo final. Os sonhos estão escapando do meu sono, deixando lugar aos pesadelos. Você é tudo o que eu quero. Você é tudo o que eu não posso ter. Você é tudo o que eu preciso sentir. Você é tudo o que eu não sinto agora. Você é meu efeito espada-escudo. Com você tenho forças para lutar por qualquer coisa, por qualquer tempo, por qualquer lugar. Com você tenho forças para me defender de toda e qualquer situação. Nós tínhamos um ritmo próprio, que seguia de acordo com a batida da orquestra em nosso peito. E então, você resolveu tirar férias. Férias de nós. Férias de mim. Levando seu sorriso, deixando para trás seu amor. Talvez você precisava ser livre. Talvez não fosse a hora certa. Talvez eu te amei mais do que devia.
A.F.P.

domingo, 27 de setembro de 2009

- hero -

Where did you go? I stayed there, looking you run through the door, running away, leaving your children, your wife, your life. Leaving me, with the full eyes. Where are my hero? My dad? Where are you? Oh god, I lost my life, I lost my dreams, I lost my hope. Is my fault? Who are us? Strangers, the only thing it's seems; we don't talk, we don't love, we don't even know what want. The world is crashing in my shoulders, and I can't stand it again. Everything falls apart, my feelings are praying for peace. I lost my childhood, I lost my happiness, now, it's became a war. We are fighting against ourself; Would you want? To see me running to your arms? Laughing with you? I can't. I can't even try. It's hard, we are in worlds apart, you went away to be happy, but what you leave behind, don't could to do the same; try to walk in my shoes. I don't hate you, but I don't also love you.
A.F.P.

sábado, 26 de setembro de 2009

- stranger -

Quando você diz 'eu te amo', você automaticamente provoca um longo sorriso, faz os pulmões exigirem uma inspirada mais profunda, um coração acelerado, uma calma inigual. Quando você diz 'eu estou com você, e sempre vou estar', é como se um forte seguro se criasse, inibindo qualquer coisa próxima que não fosse você, como se fizesse todo o resto do mundo sumir, parar naquele exato momento. Quando você diz 'eu quero estar com você e nada mais importa', é como se o sangue acelerasse seu percurso natural, é como se o ar não fosse mais necessário à vida, é estranho, confortante, mas, ao mesmo tempo estranho, por não saber o quão maravilhosa é a inocência que percorre pelos olhos e se transforma em emoção. O que eu sinto agora é uma dor, do fundo do peito, que grita amargamente por não ser eu, o alvo dessas suas promessas.
A.F.P.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

-under my skin-

Eu sinto sua falta. Onde está aquela pessoa maravilhosa que me fazia sonhar acordado, que me fazia sorrir lembrando das patetices, que fazia me preocupar com sua breve ausência, que me fazia ter dores maxilares de tanto rir, que me fazia querer cantar mais alto, como se não houvesse mais ninguém nesse mundo, que fazia me sentir humano, que me fazia acreditar em um futuro com você. Eu não peço por mais nada, somente por uma dose, uma pequena e letal dose de você. Para poder reviver o que eu tenho escondido de mim mesmo. Para poder dar alguma suspeita de sobrevivência por debaixo da minha pele. Você me faz tão bem, se eu pudesse demonstrar o quanto. A indiferença como a vida parece levar você é delicadamente chocante. Eu tento, eu juro que tento, dizer para meu ego: 'CAI NA REAL, ACORDA!', mas não é tão fácil como parece. Como parece ter sido pra você.
A.F.P.

sábado, 29 de agosto de 2009

-to hug memories-

Passe o tempo que passar - [...] - eu não consigo fazer outra coisa que não seja te amar. Minhas lembranças, preciosas lembranças, as lembranças que tenho de você, elas vêm de encontro aos meus sonhos. E isso é confortável, impossível descrever, mas sei dizer que isso é o que me faz dormir ainda; o que me faz sonhar; o que me faz viver a cada dia, com a ansiedade de chegar a hora de dormir. Meus olhos se afogam enquanto estão abertos, pois não veem mais você, nem nós; é uma tortura ao meu próprio corpo, deixá-lo acordado e fazê-lo perceber, todo dia - T-O-D-O - D-I-A - que não encontrará mais seu abraço, seu sorriso, suas palavras. Alguém faça essa dor parar, essa saudade parar, alguém me faça viver, por favor, eu imploro. Eu imploro que algo consiga tirar o que restou de nós em mim. Que alguém me faça parar de pensar em você. Que alguém me faça parar de respirar por você. Que alguém amplie meu horizonte, tirando a esperança que tenho de te encontrar em cada decisão tomada. Que alguém me faça perceber, que não importa o quanto eu me importo, você não se importa!!!!! Que alguém seque todo essa fonte de meus olhos. Que alguém me faça abrir meu coração e deixá-lo descongelar. Que me faça perceber que não é para mim que seu sorriso se direciona agora. Que alguém me faça parar de criar esperanças. Que alguém me faça parar de amar você. Que alguém então, me faça parar de viver.
A.F.P.

domingo, 23 de agosto de 2009

-innocence-

Eu preferia continuar acreditando que era tudo real, que era tudo como aparentava ser. Mas de alguma maneira, após tanto tempo, meu coração inflou tanto de esperança, que isso acabou se transformando em inocência. Queria poder continuar acreditando que você realmente sentia o que suas palavras me diziam. Eu costumava me sentir tão no alto, tão inquebrável, tão confiante. Eu conseguia até mesmo sentir você comigo, conseguia sentir que você sentia algo por mim também. Como pude? Parecia tão inviolável, tão certo, tão seguro. Quando eu me sentia mal, você -sempre- conseguiu me levantar do chão, as vezes somente com um olhar - aquele SEU olhar. Você disse que era amor, eu inocente, acreditei. Eu sei que mentiras machucam, mas verdades machucam mais ainda. Eu não consigo mais lhe sentir comigo. Se foi real não sei, mas sei que seu coração não bate mais por mim. É como se eu tivesse entrado em uma clínica de reabilitação, tentando curar minha doença, que é você. Mas como curar algo que ao mesmo tempo é a cura? Como tentar destruir o que te faz mal se ao mesmo tempo é somente isso que lhe faz bem? As coisas não tem coerência alguma. Você é mais eficaz do que qualquer remédio, é você o que eu preciso, sim, só uma dose de você, pra não deixar morrer, o que me faz viver.
A.F.P.

domingo, 16 de agosto de 2009

-damn feeling-

Pensei que fosse durar pouco tempo. Pensei que não fosse durar. Afinal, não foi a primeira, e nem será a última vez que terei de passar por tais situações, mas, parece diferente. Você é um devaneio, um capricho da minha imaginação, que sobrevive das minhas lembranças de você, que, sinto-as cada dia mais distantes. Sua falta está me matando. Eu viveria por ver mais um sorriso seu, para mim, só para mim, por causa de mim, diante de mim, vindo para mim. Aquele sorriso sincero, ingênuo, despreocupado, e o principal, era por mim. Eu queria poder te sentir, comigo, saber que aonde quer que esteja, está comigo, queria poder te afagar, te tocar, deixar meus lábios encontrarem os seus, enquanto as carícias das suas mãos entrelaçassem meu pescoço. E quando me pego pensando nisso, ao mesmo tempo, meus olhos se veem inundados na saudade. Eu já não sei o que fazer, eu tento não pensar, tento não querer, mas eu não resisto, eu não sei ao que recorrer, a quem recorrer, não sei mais a que lugar pertenço, ou aonde eu deveria estar. Eu tentei tanto não cair no amor outra vez, mas aqui estou.
A.F.P.

sábado, 8 de agosto de 2009

-the stone's beat-

As vezes costumo comparar meu coração com uma rocha. Duro, resistente, nada entra e nada sai. Mas, seu nome - seu nome, seu nome, seu nome [...] - foi esculpido delicadamente na superfície áspera dessa rocha. E não há como apagar, ou retirar, sem deixar somente cinzas, ou cacos. E quando penso em você, meus olhos querem chorar, minhas pernas querem ceder, flexionar, meus músculos não encontram força, meu coração não encontra a calma. E quando lembro do seu sorriso, tão inocente, tão sincero, que involuntariamente me fazia sorrir também, não importando as circunstâncias, que fazia meu mundo brilhar, que fazia meus dias mais frios esquentarem, que fazia meu coração bater, que fazia meu ego encontrar o verdadeiro sentido da palavra felicidade. Meu coração não consegue achar motivos convincentes para deixar você ir! Estou caindo, tentando esconder, fugindo, tentando resistir, surtando, tentando respirar, ofegando, tentando não pensar, cedendo, tentando não querer, desistindo, tentando não sentir, morrendo. Eu sei que vou me arrepender, mas mesmo assim, eu amo você.
A.F.P.

sábado, 1 de agosto de 2009

-past-

Se algum dia dissessem que queriam lhe tirar de mim, teria o dever de arrancar o meu coração e entregá-lo dizendo 'levem-o, pois é aqui que o meu amor sempre vai estar'. Deixar o passado, no seu lugar. Palavras sábias, mas vindas de alguém que não tinha amado outrém. Mas como, como seguir em diante, deixando tanto para trás? Deixando você. O que eu sinto por você. E o tempo, faz questão de me lembrar, que não pertencemos ao mesmo caminho. Cada segundo, é como se fossem horas. Matematicamente falando, meu coração está há séculos sem você. Não tem explicação, estou correndo às cegas pra encontrar você em algum lugar, me perco em pensamentos pois no fundo sei que acabarei me encontrando em você. Eu espero realmente, que algum dia eu tenha coisas boas para contar. Eu hei de ser feliz, com ou sem você. Por mais árduo que seja o caminho, por mais amargo que seja meu mundo sem você, por mais insuportável que seja respirar sem você. Mesmo que não haja mais nada que conforte minha dor. Mesmo que o inferno seja o preço. É isso o que eu tento me dizer, todo dia, toda hora, todo minuto, enfim, enquanto você está na minha cabeça. Mas eu não consigo, eu me rendo aos meus sentimentos, me rendo a você, eu sei que, não sei, não sei mais nada, só sei que, amo você.
A.F.P.

domingo, 26 de julho de 2009

-pain-

Ninguém nunca disse que seria fácil. Mas nunca ninguém disse que seria tão difícil. Tantos planos, tantas estórias planejadas, tantos sorrisos garantidos, tanta felicidade, tanto amor, jogados fora. Não me interessa, se você ou eu merecemos um ao ou outro, o que um tem a oferecer ao outro. Eu dei asas ao meu coração, e ele voou alto, ao seu encontro, mas com a tamanha altura atingida, a queda foi maior ainda. Seu sorriso ainda estampado em minha memória, seu jeito doce, sua inocente malícia. Eu sei que você sente o que eu sinto, mas eu sei também, que não é por mim. Eu me sentia bonito, mesmo estando uma bagunça, todas imperfeições pareciam insignificantes, quando era você que as analisava. Eu não quero me sentir assim, estou no limite da lucidez, não quero parecer desesperado, mas estou, e está difícil simular sorrisos plásticos em todo lugar que vou. E o que dói mais, foi estar tão perto, ter tanto pra dizer, e repentinamente, ver isso sumir, ir embora, sem saber o que poderia ter sido de nós, os sonhos que perdemos, e sem você saber, que tudo que eu estava tentando fazer, era amar você.
A.F.P.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

-disturbia's heart-

Está tudo estranho. Meu satélite pessoal está fora de órbita. Vulgo-o coração. Está tudo frio, congelando, amortecendo as funções básicas, mas não a principal, amar você. Eu tentei, eu tento, te esquecer, mas seria a mesma tentativa de adoçar o oceano, ou tingir de vermelho, o azul do céu. Um livro precisa de uma capa. Uma flor precisa de pétalas. Um quebra-cabeça precisa de todas as peças. Eu preciso da minha peça, da minha pétala, da minha capa, para encaixar ao formato do buraco no meu satélite. Para encaixar no buraco que você deixou. Não há outra coisa que possa preencher; podem até ser feitos curativos, ataduras, implantes, mas nada vai ser compatível ao lugar que está reservado pra você. Eu já não sei o que fazer, sinto que vou surtar, meu satélite está vagando sem direção, bate, bate, revira, e volta, mas sempre, com sua órbita ao redor de você.
A.F.P.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

-empty-

Há alguns anos atrás, na era glacial, mais precisamente, os animais estavam morrendo, o motivo mais do que óbvio. Um pequeno grupo de porcos-espinhos, descobriram que ficarem juntos, esquentando-se, era a solução para a escapar da morte. Eles se feriam arduamente, mas isso era necessário para sobreviver. É assim que eu me sinto. Mesmo machucando, ferindo, abrindo as feridas, eu preciso de você perto de mim. Meu coração bombeia, bombeia, e bombeia, e já não sabe mais o que bombear. Até quando meu coração vai ser posto à prova? Ele já está surtando, paranóico, frenético. Eu não quero ser mais um desses, que, como milhares, mal sabe o que quer, e chega ao extremo por isso. Eu sei o que eu quero, eu sei quem eu quero. Eu sei quem eu preciso. Sei que é difícil de aceitar, levantar e caminhar, além de difícil, é dolorido. Lembranças, não saem de mim, as expulso, mas voltam em um relance que não controlo. Sorrisos, apelidos, brincadeiras, carícias, você. Você era tudo o que eu quero, tudo o que eu preciso, não é o bastante, não foi o bastante. Eu não consigo nem pensar em te esquecer, isso não encaixa em meus pensamentos, não, eu não, não. eu amo você.
A.F.P.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

-lost dreams-

Olho pela vidraça. Já não sei mais diferenciar o que está embaçado e úmido, ela, ou meus olhos. O mundo é uma imensidão, que fica girando, e girando, e não consigo acompanhar essa velocidade, essas mudanças, alguém pare! Terra, pare! Eu quero descer! Porque aquilo que lhe faz sorrir, é o mesmo que lhe faz chorar? É difícil aceitar, que os planos de transformar 'eu' e 'você' em 'nós', não foram suficientes. Em uma fração de segundo, em um pisque de olhos, tudo muda, tudo se transforma. É suficiente respirar? Nada faz sentido, o cérebro fica náufrago dentro do mar de dúvidas, perguntas, questionamentos, indecisões, inconformidades. É suficiente amar? Tudo parece um poço, com suas paredes cedendo, quanto mais se tenta chegar ao topo, mais ao fundo chega. Não sei, perco o sono, perco a fala, perco o ânimo, perco as habilidades naturais humanas. Não quero acordar, prefiro não, enquanto durmo, tenho você. Enquanto sonho, somos nós. Enquanto sonho, meu futuro faz parte do seu. Mas então, eu acordo, e percebo que tudo não passa de um 'eu' e um outro 'você', em mundos distantes. O que está acontecendo? Eu, eu, não consigo achar outras palavras quando se trata de você, a não ser: amo você.
A.F.P.

domingo, 19 de julho de 2009

-absence-

Eu não sei como explicar o que se passa por dentro de um ser humano. A parte mecânica todos sabem, mas há elementos que não formam um padrão de uma pessoa para outra. A falta que você me faz, é um deles. Me corrói por dentro, me desistimula por fora. Meu cérebro já não consegue processar informações na velocidade que é o normal. Minha respiração não completa todo o metabolismo necessário dentro do meu corpo. Eu me transformo em uma simples carne trêmula, uma presa fácil, distraída, sem noção alguma do que se passa. Até o mais simples cálculo matemático vira logarítmo, conjugo substântivos, procuro entender as células de uma rocha. Tudo vira de cabeça para baixo. Parece até que perco a imunidade. Onde estás? Não, não sei se gostaria de saber, na verdade, nem um lugar que não seja ao meu lado me importaria em saber. Eu preciso de você como um coração precisa de uma batida, como uma mentira precisa de fundamentos, como um verão precisa de um sol. A noite se torna mais fria, mais escura, mais sombria. Talvez alguém pudesse arrancar minha cabeça para poder estudá-la mais detalhadamente, pois tudo encontra-se em um distúrbio perfeito da realidade. Você não sai, não sai, não sai, não sai, não sai [...] da minha cabeça.
A.F.P.

sábado, 18 de julho de 2009

the worst feeling - you

Quando me deparo com você, me falta ar pra respirar. Quando penso em você nem uma palavra sai, somente um suspiro, que vem das profundezas do peito. Talvez meus próprios instintos entram em colapso quando se trata de você. Não sei o que ocorre, mas tudo ao meu redor simplesmente não me importa, se eu tiver a certeza que tenho você. Meus problemas somem, meu mar se acalma, meu sorriso se abre, minha vida ganha vida. Imaginar você do meu lado - pausa - é incontrolavelmente confortante. Não sei se isso é certo, se isso é o correto a se sentir, parece um veneno, correndo em minhas veias, e se acumulando no coração; parece uma droga, que quanto mais eu ganho conhecimento dos riscos, mais a cobiço; eu nem sei direito quem você é, talvez meus sentidos simplesmente estejam pirando, estejam fora de controle; talvez simplesmente estou ficando louco, surtando em meu mundinho, querendo fugir, e então me encontrar em seus braços; talvez eu já esteja fora de mim, talvez eu seja literalmente um louco; ou, talvez, simplesmente.. amo você.
A.F.P.